Masculinidade tóxica é discutida nas comunidades de Salvador

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A campanha com foco na masculinidade tóxica terá placas de outdoor social fixadas nas comunidades de Salvador. Serão usados espaços em residências, estabelecimentos de moradores com o objetivo de envolver e despertar a comunidade para o problema da masculinidade tóxica e suas implicações na violência doméstica e familiar.

“Antes do tiro, o tapa. Antes do tapa, o grito. Antes do grito, o controle. Antes do controle, o machismo”, com essa frase a campanha de combate à masculinidade tóxica busca sensibilizar a população para o combate à cultura machista. O projeto faz parte da ação Respeita as Mina de enfrentamento à violência contra as mulheres e marca os oito anos da Secretaria de Políticas para as Mulheres do estado da Bahia (SPM-BA), celebrado em maio.

Só nos primeiros 95 dias de 2019, as delegacias de atendimento à mulher de Brotas e Periperi, situadas em Salvador, registraram 3.020 denúncias de violência. O Atlas da Violência 2019 revelou que no Brasil a taxa de homicídios de mulheres não negras teve crescimento de 4,5% entre 2007 e 2017, porém a taxa de homicídios de mulheres negras cresceu 29,9%.

Em números absolutos da violência de gênero a diferença com o recorte racial é ainda maior, já que entre não negras o crescimento é de 1,7% e entre mulheres negras de 60,5%. Considerando apenas o último ano disponível, a taxa de homicídios de mulheres não negras foi de 3,2 a cada 100 mil mulheres não negras, já entre as mulheres negras a taxa foi de 5,6 para cada 100 mil mulheres.

Entre os bairros contemplados estão o Nordeste de Amaralina, Pernambués, São Cristóvão e São Caetano.  O aposentado Wilson Oliveira foi um dos que permitiu a afixação da placa no imóvel onde mora. “Eu aceitei porque achei importante a mensagem. Todo mundo que passa por aqui vê logo”, disse.

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