Lia de Itamaracá é a nova Doutora Honoris Causa da UFPE

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Maria Madalena Correia do Nascimento, mais conhecida como Lia de Itamaracá, foi engradecida com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A ”rainha da ciranda”, de 75 anos, recebeu o título durante uma sessão no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

Lia de Itamaracá durante a cerimônia na UFPE. Foto: Ytallo Barrero

A cerimônia foi comandada pelo reitor da instituição, Anísio Brasileiro. Resultado de uma mobilização pouco comum nos trâmites da Universidade, uma vez que o pedido para a concessão do título partiu de mais de um departamento e centros acadêmicos, a escolha, segundo disse o reitor Anísio Brasileiro durante a cerimônia, “honra todas as universidade e, em especial, a Federal de Pernambuco, por traduz transversalidade e pluralidade dos saberes que cultivamos nesta academia”. A reunião desses anseios culminou com a proposta formal que foi apresentada pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) da UFPE e aprovada, por unanimidade, pelo Conselho Universitário (Consuni).  

O professor Francisco Barros, do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ/FDR), responsável pelo discurso de apresentação da homenageada, ao discorrer sobre a ciranda destacou o aspecto democrático da dança. “Diferentemente do frevo e do baião, por exemplo, na ciranda não se dança sozinho nem a dois; tem que ser em grupo e de mãos dadas, e não há um protagonista, tendo todos os participantes a mesma importância”, ilustrou. Também reforçando a relevância do momento, o professor afirmou que, na academia, a cultura não é tratada apenas com o objetivo de datas comemorativas. “A cultura é o que nos nutre”, afirmou.

Ao cumprir o protocolo que cabe à solenidade e responder à pergunta formal do reitor se aceitava ser Doutora Honoris Cauda da UFPE, Lia de Itamaracá, emocionada, afirmou que “sim, com muito amor e carinho”, e que estava muito feliz, pois “queria muito, muito essa homenagem”.

Para encerrar o evento, todos os presentes foram agraciados com uma apresentação da cirandeira que, além de Patrimônio Vivo de Pernambuco desde 2005, agora é Doutora Honoris Causa da UFPE.

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