Levantamento revela que 78% das candidatas negras sofreram ataques virtuais no período eleitoral

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Um levantamento feito pelo Instituto Marielle Franco contabilizou que 78% das candidatas negras relataram ter sofrido ataques virtuais no período eleitoral.

De 21 a 28 de outubro, 142 mulheres negras candidatas pertencentes a 93 municípios (em 21 estados) e 16 partidos responderam a um questionário para analisar o cenário da violência política eleitoral neste ano. De acordo com o relatório, os principais autores dos ataques virtuais são grupos não identificados (45%), candidatos ou grupos militantes de partidos políticos adversários (30%). Também foram identificados grupos misóginos, racistas e neonazistas (15%).

Em agosto desse ano, a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), sofreu racismo no Facebook. Um internauta xingou a parlamentar de “negra idiota” e “preta ridícula”. Ele mencionou ainda os quilombolas de maneira pejorativa e afirma que as cotas eleitorais vão “inviabilizar os partidos”.

Benedita registrou o caso na Delegacia de Crimes Raciais e delitos de intolerância (Decradi), no Centro do Rio, e comentou: “É lamentável que ainda tenhamos episódios assim, mas continuarei lutando, como sempre fiz em toda a minha vida. Não vão me calar jamais, pois racistas não passarão!”.

Ainda de acordo com o Instituto, apenas 32,6% das candidatas relataram ter denunciado os ataques virtuais, enquanto 29% responderam não querer denunciar e 17% afirmaram ter medo em compartilhar o ocorrido.

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