Jornalistas demitidos da Record por acusações de racismo são contratados pela CNN Brasil

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No dia 9 de março, quatro jornalistas da Record TV Brasília foram demitidos sob acusações de racismo. Na ocasião, foram divulgadas conversas de um grupo de Whatsapp dos profissionais da emissora, onde eles teciam diversos comentários racistas sobre colegas de trabalho. Os quatro foram desligados e, nesta terça-feira (7), foram contratados pela CNN Brasil, conforme apurou a coluna do jornalista Léo Dias.

Um dos profissionais é João Beltrão, então diretor de jornalismo da Record. Segundo a coluna, ele vai assumir a direção do Expresso CNN, que é comandado por Monalisa Perrone. As repórteres Rachel Vargas e Gabrielle Varella se juntam a Beltrão no pacote de novas contratações. O nome do quarto profissional admitido pela CNN Brasil não foi divulgado.

CNN Brasil se envolve em nova polêmica por contratações (Foto: Divulgaçã)

CNN se posiciona

A coluna do jornalista Léo Dias obteve uma posição da CNN Brasil. Por meio de um comunicado, a emisora explicou as contratações.

“Sobre os três jornalistas citados: um foi contratado em definitivo e as demais em caráter temporário, por 90 dias, para cobrir dezenas de outros profissionais fixos afastados em razão da pandemia do novo coronavírus. O departamento de Recursos Humanos da CNN Brasília fez as devidas checagens do histórico profissional de todos eles. Nada foi constatado no âmbito legal que desabonasse a contratação. Não há qualquer comprovação, demissão por justa causa ou sequer acusação formal da participação dos três nos episódios das supostas ofensas. A CNN Brasil reforça seu caráter pluralista e contrário a qualquer atitude de discriminação. Temos trabalhado diariamente pela inclusão em nosso quadro de funcionários em todo Brasil”, informou a emissora.

Histórico

Não é de hoje que a CNN Brasil tem causado polêmicas em suas contratações. Antes mesmo do canal ir ao ar na televisão brasileira, William Waack fora anunciado como principal nome da emissora. O experiente jornalista foi demitido em dezembro de 2017 da TV Globo após a divulgação de um vídeo no qual ele aparece xingando alguém de “merda” e falando que “é coisa de preto”.

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