Investimentos: capital estrangeiro deve engrenar depois das eleições, afirma Banco Central

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Um levantamento realizado pelo Banco Central do Brasil (BC), divulgado nesta quarta-feira (26) mostra que o investimento direto no país (IDP) caiu drasticamente nos últimos dois anos e que novos investimentos no setor produtivo do Brasil só serão realizados após a corrida eleitoral deste ano.

Investimentos externos caíram 32% em dois anos – Foto: Pexels

Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, afirma que a credibilidade das instituições estão em baixa, levando as empresas a serem mais cautelosas. “As empresas não têm ideia do cenário após as eleições. Há uma falta de confiança nas instituições e o avanço de posturas políticas populistas”, diz, em entrevista ao Gazeta do Povo.

Segundo o levantamento, os investimentos estrangeiros caíram de R$ 69,2 bilhões, em 2019, para R$ 46,4 bilhões, uma queda de 32%, em dois anos. O mês de dezembro de 2021 foi o pior desde o início da série histórica, iniciada em 1995. Somente no último mês do ano, foram R$ 3,9 bilhões enviados a outros países.

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Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, ressalta que esse volume de envios de divisas para outros países se dá devido ao lucro de empresas multinacionais, que enviam valores a suas matrizes no exterior. No entanto, Rocha ameniza a situação e diz que é atípico. “O número é um ponto fora da curva. É algo atípico, pontual e que não se projeta para os próximos meses”, afirma.

Ainda de acordo com o BC, a expectativa para este ano é de melhora. Até o dia 21 deste mês, R$ 2,3 bilhões já haviam entrado, provenientes de IDP. Projeções de instituições financeiras, é que este valor encerre o ano em US$ 58 bilhões, informa o relatório Focus, abaixo da média dos últimos dez anos, que é de US$ 70 bilhões.

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