Idoso retoma os estudos aos 102 anos: “Enquanto há vida, há esperança”

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Nascido em 18 de outubro de 1918, em Catu, na Bahia e pai de 14 filhos, Pedro Francisco de Souza decidiu voltar para a sala de aula. O Sr. Pedro foi para o Espírito Santo viver com o filho durante a pandemia e voltou a estudar no último mês.

O filho de Pedro, André de Souza, de 46 anos é estudante do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) na rede municipal de Vitória e, com o retorno das aulas presenciais no último mês, o idoso decidiu que era o momento de voltar a estudar.

Sr. Pedro gosta de cantar, tocar violão, conversar e ler a Bíblia. Ela já sabia ler e escrever, mas o estudo durante a vida foi pouco.

“Sem ler não podemos falar, não podemos fazer nada. É por isso que continuo estudando. Enquanto há vida, há esperança”, disse o idoso de 102 anos.

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Idoso retoma os estudos aos 102 anos no ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Analfabetismo entre negros é quase o triplo que entre brancos

O acesso a educação não é o mesmo para pessoas negras e brancas. A taxa de analfabetismo entre pretos ou pardos no Brasil é quase três vezes maior do que o percentual observado entre brancos, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua Educação 2019.

Em 2019, 3,6% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas (isto é, não sabiam ler ou escrever um bilhete simples). Entre pessoas de cor preta ou parda, a taxa foi de 8,9%.

Já para brasileiros com 60 anos ou mais, o percentual de analfabetismo foi de 9,5% entre pessoas brancas. Entre pretos ou pardos do mesmo grupo etário, a taxa chegou a 27,1%. No Brasil, ao todo, 11 milhões de pessoas eram analfabetas em 2019.

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