Homem negro é solto da prisão 44 anos após ter sido condenado injustamente por estupro

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EUA é o país com a maior população carcerária do mundo, com 2,1 milhões de pessoas

Por Danilo Lima

Condenado em 1976, Long é libertado em 2020. Foto: CNN/EUA

Um homem negro foi libertado da prisão nos Estados Unidos depois de cumprir 44 anos de uma condenação sem provas. Ronnie Long, vestindo um terno escuro, gravata vermelha e um chapéu, saiu da prisão depois de uma longa luta para provar sua inocência. “Foi uma estrada muito longa, mas acabou. Agora acabou”, falou Ronnie a repórteres ao ser libertado.

Long, agora com 64 anos, foi acusado de estuprar uma mulher branca. O júri composto somente por pessoas brancas o condenou a prisão perpétua por roubo e estupro em 1976. As impressões digitais e o sêmen da cena do crime não corresponderem ao do acusado, por isso essa condenação foi cancelada na última quinta-feira, após o estado da Carolina do Norte entrar com ação no tribunal federal americano, pela juíza Stephanie Thacker, do Tribunal de Recursos do Quarto Circulo dos Estados Unidos.

Usando uma máscara com a frase free Ronnie Long (Liberte Ronnie Long), ele se lembrou de seus defensores e seus familiares por preservarem sua longa batalha por liberdade e ergueu as mãos para a multidão. Uma pesquisa da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, revela que 45% dos americanos possuem algum parente próximo (pai, mãe, irmão ou cônjuge) que já passou algum tempo na prisão. EUA é o país com a maior população carcerária do mundo, com 2,1 milhões de pessoas, segundo a pesquisa divulgou em 2019.

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