Greve no transporte público em BH gera filas e atrasos para trabalhadores

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Os motoristas do transporte público de Belo Horizonte fizeram uma greve na manhã desta segunda-feira (22). Os profissionais cruzaram os braços, como divulgado nas últimas semanas e, entre as reivindicações, a categoria pede reajuste salarial, que, segundo eles, não é concedido desde 2018.

Passageiros esperam ônibus sentados no Chão da Estação Pampulha, em BH – Foto: Júlio César Santos/ TV Globo

Na última sexta-feira (19) o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) estabeleceu regras para a greve no transporte público, sendo que 60% da frota teria que continuar nas ruas da capital. Em caso de descumprimento, a multa a ser aplicada é de R$ 50 mil por dia. A decisão foi assinada pelo desembargador Fernando Rios Neto, vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Mesmo com essa determinação, vários passageiros afirmam que a frota mínima não está sendo cumprida pelas empresas de ônibus.

De acordo com um levantamento realizado pela BHTrans nas estações de ônibus, na Estação Barreiro e Diamante, nenhuma viagem foi realizada até às 7h da manhã. Estação Vilarinho foi o local com maior movimentação, com 41% das viagens. Já a Estação São Gabriel e Venda Nova e Pampulha cumpriram uma média de 25% das viagens. “Realmente está tendo uma mobilização grande por parte da categoria, mas a nossa intenção é obedecer assim a determinação do tribunal”, afirma o presidente do STTRBH, Paulo César, ao site da Itatiaia.

Segundo o Setra-BH, o setor vem enfrentando uma crise financeira, mas mesmo assim vem garantindo as operações do serviço ao público e os empregos dos profissionais do transporte coletivo. De acordo com a nota mesmo sem recomposição tarifaria, o sindicato diz ter concedido aumento aos rodoviários em 2017 e 2019. “Entre os anos 2000 e 2007, eram transportados em média 440 milhões de passageiros por ano, já em 2008 esse número caiu para 430 milhões, em 2019 foram 350 milhões de passageiros e, em 2020, descemos ainda mais chegando a 192 milhões de passageiros. As contas não fecham”, informou o presidente do SetraBH, Raul Lycurgo Leite.

Uma audiência foi marcada nesta segunda(22), entre as empresas de ônibus, sindicatos, BH Trans e prefeitura de Belo Horizonte para tentar um acordo para que os motoristas do transporte coletivo finalizem a greve dos ônibus na capital.

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