Futuro Black: conheça a plataforma que reúne talentos e fontes profissionais pretas

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Com o intuito de impulsionar e ver mais pessoas pretas ocupando espaços de destaque na sociedade, surgiu a plataforma Futuro Black. O projeto antirracista é um banco de talentos e de fontes profissionais criado para conectar a população negra a oportunidades. O site foi idealizado pelo jornalista e criador de conteúdo Thiago Augustto, que também é colaborador do Portal Notícia Preta.

Em menos de uma semana, cerca de 200 profissionais, habilitados nas mais diversas áreas, foram cadastrados no banco de dados do Futuro Black que é público e colaborativo.

“Não sou o único que sinto falta de ver mais profissionais pretos sendo fontes de informação para as matérias de rádio, revista, internet, jornal e, sobretudo, televisão. Não é extraordinário refletir que em boa parte das vezes que esses trabalhadores estão dando entrevistas, falam a partir da cor da sua pele. A partir do racismo. Então, fica a provocação: vamos começar a convidar esses profissionais para falarem a partir do trabalho que realizam. Afinal, também são habilitados e podem falar de outras pautas, né? Não espere ”datas comemorativas” para fazer um convite. Profissionais negros não são sazonais, trabalham o ano todo”, publicou Thiago Augustto em suas redes sociais.

A plataforma é aberta para qualquer profissional negro, quer dizer que não exclui os trabalhadores que estão na informalidade e não têm carteira assinada.

Plataforma já está no ar. Foto: Divulgação

Negros no mercado de trabalho


A maioria da população desempregada e no trabalho informal é negra. Para os negros de pele retinta e traços negróides, a realidade é ainda mais cruel. Em 2018, o desemprego atingiu 14,4% entre pretos; 14,1% entre pardos e 9,5% entre brancos.

Além disso, os indicadores sociais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), do IBGE, apontam que o rendimento médio mensal das pessoas brancas é 73,9% superior ao da população negra. Pessoas brancas com nível superior recebem 45% a mais que pretos e pardos com o mesmo nível de instrução.

”O racismo se reflete nas condições de acesso ao trabalho e renda da população negra. Para que a igualdade seja uma realidade, é preciso também transformar essas afirmações em passado. Não naturalize as nossas ausências! O direito à educação e trabalho digno deve ser assegurado a todos e o lugar dos profissionais negros e negras nas mais diferentes carreiras e profissões é legítimo. Convide ou contrate pessoas pretas. Se incomodar com a realidade e agir é ser antirracista”, completou o jornalista na publicação do lançamento da plataforma.

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