Família do pedreiro Amarildo terá que aguardar por indenização 

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Os familiares do pedreiro Amarildo de Souza ainda terão que aguardar para receber a indenização do Estado. Isso porque apesar da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça ter formado maioria para manter os valores pagos à família, a ministra Assusete Magalhães pediu vista do processo e assim a decisão final foi adiada.

Foto: Arquivo Agência Brasil

 De acordo com o que foi determinado pela Justiça, a viúva de Amarildo e seus filhos deveriam ganhar, cada um, R$ 500 mil. Além disso, a irmã do pedreiro também teria direito a uma indenização de R$ 100 mil. No entanto, os procuradores do Governo do Estado discordam desses valores: eles querem que a viúva ganhe 300 salários-mínimos, equivalente a 330 mil, aos filhos o valor de 220 salários-mínimos, o que dá 242 mil) e ainda pedem a anulação da indenização da irmã. 

Caso não obtenham êxito, a estratégia dos procuradores do Estado é fazer com que a irmã receba 25 salários-mínimos (R$ 27,5 mil). A família de Amarildo pede que os valores sejam mantidos, além de incluírem a sobrinha do pedreiro no pagamento das indenizações, uma vez que ela era considerada uma irmã de criação da vítima de acordo com os parentes. Até o momento, o placar é de 3 a 1 contra os recursos apresentados ao STJ ( Supremo Tribunal de Justiça) e ainda não há nova data para o caso. 

Amarildo desapareceu em julho de 2013 durante a Operação Paz Armada, que visava reprimir o tráfico na Rocinha, uma comunidade na zona sul do Rio. O pedreiro estava em um bar quando foi abordado por policiais e levado para averiguação à sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Rocinha, comandada pelo major Edson Santos. Segundo as investigações, Amarildo foi torturado até a morte pelos policiais militares que, em seguida, ocultaram seu corpo, que jamais foi encontrado. 

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