Secretário de Segurança do Maranhão atribui pânico em São Luís a fake news: “causa pânico e atrapalha a rotina”

O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Maurício Martins, afirmou nesta sexta-feira (24) que a apreensão entre moradores da Grande São Luís foi intensificada por fake news espalhadas nas redes sociais. A declaração ocorreu em meio à onda de violência e tiroteios que atingem a região desde o último domingo (19) e já deixaram sete mortos e mais de dez feridos.

Durante entrevista ao telejornal Bom Dia Mirante, Martins destacou que a disseminação de boatos sobre ataques em escolas e outros locais públicos “é crime” e que os responsáveis serão identificados.

“Quem dissemina informações falsas comete crime igualmente às pessoas envolvidas nas ocorrências que estamos investigando. Vamos prender quem estiver envolvido direta ou indiretamente nesses episódios”, afirmou o secretário.

Martins negou a existência de ataques a unidades de ensino e disse que a suspensão das aulas foi motivada pelo medo provocado por notícias falsas.

“Inexiste qualquer problema relacionado à presença de professores e alunos nas salas de aula. O que há é uma onda de fake news que causa pânico e atrapalha a rotina das famílias”, declarou.

Apesar da fala, universidades e escolas públicas e privadas continuam com aulas suspensas, entre elas a UFMA, UEMA e o IFMA.

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O secretário também informou que o policiamento foi reforçado e que mais de 30 pessoas foram presas desde o início da semana. Ele, contudo, criticou a legislação penal brasileira, classificando-a como “frágil” no combate às organizações criminosas.

“Nós prendemos, mas a lei é branda. Muitos criminosos são liberados rapidamente em audiências de custódia”, disse Martins.

Segundo o titular da SSP, o governo estadual tem investido em segurança com a convocação de novos policiais e modernização de viaturas e delegacias.

“A Polícia está nas ruas e continuará atuando para garantir a tranquilidade da população”, concluiu.