EUA tem a primeira negra indicada à Suprema Corte 

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A juíza federal de apelação, Ketanji Brown Jackson, é a primeira mulher negra indicada a servir na Suprema Corte dos EUA. Para o presidente americano Joe Biden, “ela é uma das nossas mentes juristas mais brilhantes e será uma juíza excepcional”. O anúncio da indicação de Jackson foi realizado nesta sexta-feira, 25, e vem antes de uma batalha pela aprovação da indicação no Senado dos EUA, que se encontra dividido. O momento da indicação de Jakson estava em suspenso devido à invasão russa da Ucrânia. As informações são da agência Reuters. 

Ketanji Brown Jackson durante audiência no Senado dos EUA- Foto: Reuters

Caso seja confirmada no Senado, Ketanji se tornaria a sexta mulher a servir na Suprema Corte, que atualmente tem três mulheres juízas. Ela se juntaria ao bloco progressista em uma corte que tem uma maioria conservadora de 6 votos a 3, incluindo três juízes nomeados pelo antecessor de Biden, Donald Trump. Das 115 pessoas que já serviram na Suprema Corte, apenas duas eram negras e ambas eram homens. 

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Com a maioria no Senado, Jackson também seria a primeira juíza da Suprema Corte nomeada por um presidente democrata em mais de uma década. A última foi a juíza Elena Kagan, em 2010, depois que o então líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, bloqueou a confirmação de Merrick Garland em 2016. O presidente do Comitê Judiciário do Senado, o senador Dick Durbin, disse antes do anúncio que pretende concluir o processo até o recesso de Páscoa, em 8 de abril. 

Jackson, de 51 anos, agora atua no Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito de D.C., depois de ter sido nomeada por Biden no ano passado. Antes disso, ela atuou como juíza distrital federal em Washington e trabalhou como defensora pública e vice-presidente da Comissão de Sentenças dos EUA. Uma das decisões mais notáveis dela na bancada federal foi em 2019, quando ordenou que o conselheiro da Casa Branca da era do ex-presidente Donald Trump, Don McGahn, testemunhasse perante o Comitê Judiciário da Câmara como parte de sua investigação sobre a interferência eleitoral russa e declarou em sua decisão: “Os presidentes não são reis.” 

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