Entrevista:“Música é o que eu vivo, é o que eu consumo, é o que eu sou”, diz violinista do Morro da Providência (RJ)

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“Meu nome é Gilbert, tenho 22 anos e sou cria do Morro da Providência. Atualmente, sou violinista da Orquestra Sinfônica Jovem do Rio e estudo Música na Unirio”

Esse é o entrevistado desta reportagem em audiovisual, realizada na primeira favela da cidade do Rio de Janeiro, o Morro da Providência, que pode ser acessada na íntegra no Youtube do Notícia Preta.

Gilbert Vilela começou na música por meio de projetos sociais, com 12 anos de idade. No início apenas cantava, mas teve contato com os instrumentos rapidamente. Aprendeu flauta doce e, em seguida, o violino, que toca até hoje. A música já o levou tanto para Brasília quanto para Suíça e Alemanha. A sede da ONU já contou com uma apresentação sua, por exemplo.

A entrevista que Gilbert concedeu a mim é a narrativa de uma história de ocupação de espaços historicamente frequentados por pessoas brancas e de classe alta: a música clássica.

Com a sua atuação como professor em iniciativas voluntárias do seu próprio território, a jornada que trilhou até o momento também é a de disseminação de conhecimentos para as futuras gerações. Escutar a frase “toca um funk aí, tio, pra gente cantar e dançar” é uma das grandes realizações do seu trabalho.

“É gratificante ver que o seu trabalho faz alguém feliz”, comentou na entrevista. A nossa conversa se estendeu do violino à relação da sua família com a música, transitando por questões raciais e sociais que pautam toda a sua história

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