Em Campinas, vaga de emprego de governanta requisita ”boa bagagem cultural” e imunização pela Pfizer

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga um anúncio de emprego que requisita ”boa bagagem cultural” e imunização contra Covid-19 com a vacina da Pfizer. O anúncio foi removido do site de ofertas de trabalho na última terça-feira (22). A vaga era para trabalhar numa residência familiar na cidade de Campinas, em São Paulo e o salário oferecido era de R$ 1,6 mil.


Ainda de acordo com o anúncio, a pessoa contratada teria que cuidar de duas crianças cuja idades não foram informadas. O anuncio descrevia também que a profissional contratada teria responsabilidade pela alimentação e ajudar nas atividades diárias como estudos, cursos e lazer delas. Além disso, “seria responsável pela manutenção da residência e suas dependências” e organizar a agenda e horários dos outros prestadores serviços da residência. Por fim, precisaria manter a casa limpa nos dias em que uma diarista, que faz limpeza uma ou duas vezes por semana, não trabalha. A profissional trabalharia seis vezes por semana, com horários de segunda à sexta de 7h às 15h45 e meio período aos sábados”. 

Fora a descrição das atividades, o anúncio só informava, no campo “empresa contratante”, o nome Ana Clara Residências, mas não havia meio de contato com o empregador a não ser se candidatando para a vaga.

Anúncio de vaga de emprego preconceituosa fala que profissional precisa ter ”boa vagagem cultural” — Foto: Arte G1

O que diz o Site onde a vaga estava sendo anunciada:

“O portal TRABALHA BRASIL informa que repudia toda e qualquer manifestação de caráter discriminatório e que ao tomar conhecimento do teor do anúncio publicado por terceiro (pessoa física) em seu portal de vagas, já promoveu o imediato bloqueio do usuário e do anúncio por ele publicado.

TRABALHA BRASIL informa que é um portal de divulgação de oportunidades de emprego e/ou trabalho, com o intuito de aproximar trabalhadores e empregadores e que respeita a Lei n.º 12.965/2014 (marco civil da internet).

O portal se coloca a inteira disposição das autoridades públicas para prestar os esclarecimentos e informações necessárias para que, se for o caso, seja apurada a responsabilização do usuário que divulgou a vaga com as informações de cunho discriminatório”.

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