Edição virtual do ‘Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul’ começa nesta quinta-feira e exibirá mais de 100 filmes

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Cena do filme ‘Abolição’

O Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África, Caribe e Outras Diáspora que, desde 2007, reúne na cidade Rio de Janeiro, diretores, cineastas e amantes do cinema negro, terá edição virtual – devido as orientações e medidas de segurança da OMS – de 10 dias, com 36 sessões cada, divididas entre curtas, médias e longas metragem, totalizando 130 filmes. Ainda nesta edição  será destacada a relação do cinema com suas trilhas sonoras.  Pretende-se, para essa edição, atingir o limite de 1.200 pessoas, para cada sessão.


Em 2020, Zózimo Bulbul completaria 83 anos (1937-2013) e, mesmo após a sua partida para o Orun, o Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África, Caribe e Outras Diásporas, fundado por ele em 2007, tem sido realizado anualmente, seguindo a mesma disposição, orientação e valores agregadores pensados pelo cineasta. O Encontro reúne profissionais do audiovisual em um espaço que se propõe a ser, para além de um festival de cinema, um espaço de confiança, troca, crescimento, conhecimento e formação de cineastas negros brasileiros, africanos, caribenhos e das américas de uma forma geral. Conduzido por mulheres, tornou-se um espaço afro-diaspórico que valoriza as diversidades territoriais, de gênero e pensa de uma forma mais ampla as trocas intergeracionais.

Em tempos nos quais as sociedades tem seus alicerces balançados, as instituições tem suas estruturas questionadas, e a humanidade se depara com a necessidade de repensar seus valores e pactos, a potência do encontro entre pessoas e o firmamento dos abraços, tomam  proporções inimagináveis. O alcance e direcionamento propostos por essa reflexão, nos permitiu aprimorar nossa conexão com a pedra fundante  dos  “Encontros de Cinemas Negros Zózimo Bulbul – Brasil, África, Caribe e Outras Diásporas. O contexto adverso, que  impõe as pessoas a necessidade de reaprender a compartilhar umas com as outras,  nos desafiou à trilhar uma caminho que nos permita  colocar o suporte tecnológico e as conexões virtuais à serviço da tecnologia do afeto e do bem viver. Por isso, como fio condutor de nossa edição online,  elegemos “A Experiência do Abraço”  como tema que permeia e costura nossas memórias coletivas ao longo da programação”, conta Viviane Ferreira, diretora de arte do Encontro. 

Essa edição virtual, além das sessões com os filmes, oferecerá cursos e master class, também online, para promover a troca de experiências entre os mais diversos olhares e perspectivas.  Durante 9 dias, na parte da manhã, será ministrado e um webinar que ocorrerão simultaneamente e terão inscrições antecipadas. A plataforma do Encontro 2020 será da INNSAEI e os ingressos serão gratuitos.

Mais informações no site: www.afrocariocadecinema.org.br

Cena do filme ‘Abolição’

Novidades desta edição

Uma das novidades dessa edição será a GIRA DE PROJETOS  ZÓZIMO BULBUL, que será destinada a Roteiristas. A “GIRA” consiste em seleção de 9 (nove) projetos para participação do PITCHING, realizado durante o Encontro. Os 9 (nove) projetos selecionados concorrerão a um aporte financeiro (“BOLSAS”) e  consultorias especializadas com duração de : 1(um) mês para curta-metragens,  3 (três) meses para obras seriadas, e 6(seis) meses para longa-metragens.  As BOLSAS terão investimento total de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), distribuídas em:  1 (um)  mês, totalizando R$5.000,00 (cinco mil reais) para o projeto de curta-metragem; 3 (três) meses, totalizando R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para o projeto de obra seriada; e 6 (seis) meses, totalizando R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para o  projeto de longa-metragem.   

Para 2020, o Encontro homenageará os 60 anos da independência do Mali e contará com um bate-papo com o cineasta malinês, de 80 anos, Souleymane Cissé, rotulado como um diretor político após o elogiado “Finyé e Baara”. Para Janaína Oliveira, uma das curadoras do Encontro, seu estilo e liberdade nas estratégias narrativas mostram a qualidade incontestável de seus filmes, proporcionando uma oportunidade única de viajar na história e perceber as transformações na trajetória das cinematografias africanas. 

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