”É um absurdo que uma assassina tenha escolta policial”, critica tio do garoto Miguel Otávio

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”É um absurdo que uma assassina tenha escolta policial. Como é que pode? Ela matou uma criança de cinco anos”. Foram com essas palavras que o tio do garoto Miguel Otávio, assassinado após cair do nono andar de um prédio de luxo, no Centro do Recife, criticou o privilégio de Sari Gaspar Corte Real, que deixou a delegacia sob escolta policial e dentro de uma viatura.

O depoimento de Sari durou seis horas, mas a primeira dama da prefeitura de Tamandaré-PE permaneceu por mais duas horas dentro da unidade policial. A família ressalta que o depoimento da acusada começou duas horas antes da abertura do expediente da delegacia. o que também causou muita revolta.

Familiares de Miguel sentados na frente do carro de Sari Corte Real. Foto: Wellington Lima/TV Jornal


”A família não teve luto. Não tivemos nem tempo pra isso. Todos os dias é uma dor diferente. Hoje é essa dor. Além do mais, ela chegou duas horas antes pra prestar depoimento só pra despistar”, comentou o tio de Miguel, que preferiu não se identificar temendo represália.

Sari deixou a delegacia sob xingamentos da população e gritos de assassina. Ainda na saída, várias pessoas ficaram em frente da viatura impedindo que a viatura policial fosse embora, mas os policiais usaram a força para afastar os manifestantes. Após o tumulto, a tia de Miguel passou mal e precisou ser socorrida

Polícia Civil explica manobra

Por meio de nota, a Polícia Civil de Pernambuco explicou os motivos para decidir abrir a unidade fora do horário do expediente.

“A Polícia Civil de Pernambuco, por meio da 1ª Delegacia Seccional de Polícia – Santo Amaro, informa que os advogados da acusada pelo homicídio culposo do garoto Miguel, de 05 anos, apresentaram requerimento ao Delegado que preside o Inquérito Policial solicitando a realização do depoimento em horário mais cedo que o de início do expediente da unidade policial. Considerando os argumentos relativos à possibilidade de aglomeração de pessoas e o risco de agressão à depoente por parte de populares, o Delegado deferiu o requerimento. Saliente-se que esse deferimento não enseja nenhum prejuízo aos trabalhos de investigação levados a efeito pela Polícia Civil”, declarou.

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