Documentário sobre o amor de Elza Soares e Mané Garrincha estreia hoje

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A cantora Elza Soares, faz show na abertura da oitava edição do Festival Latinidades, maior festival de mulheres negras da América Latina (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Estreia nesta sexta-feira, 4, a série documental “Elza & Mané – Amor em linhas tortas”, retratando os 17 anos de casamento entre a cantora Elza Soares e o jogador Mané Garrinha. A série da plataforma Globoplay está dividida quatro episódios para contar a história de uma união que gerou muita contradição da sociedade na época e passou por momentos delicados. A série começou a ser produzida pelo Esporte da Globo no segundo semestre do ano passado e conta com depoimentos inéditos de Elza Soares meses antes de morrer, no último dia 20 de janeiro, exatamente 39 anos depois do craque dos gramados. 

A cantora Elza Soares, faz show na abertura da oitava edição do Festival Latinidades, maior festival de mulheres negras da América Latina (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Durante reportagem em homenagem à cantora do milênio, o programa “Fantástico”, exibiu alguns trechos do documentário, com depoimentos de Elza sobre o relacionamento com o craque do bicampeonato mundial da seleção brasileira. 

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“Uma paixão arrebatadora, cara. Eu nunca tinha sentido isso na minha vida. Acho que nem eu, nem ele. Foi uma coisa assim de louco. Um grande amor. Ele era um homem casado. E eu: ‘Como gostar de um homem casado, meu Deus?’. Que dificuldade, né?”, recordou a cantora. 

Diretora e roteirista do documentário, Carolina Zilberman resumiu o objetivo da série documental.  

“É um recorte da vida dos dois a partir desse casamento, e, aí, a gente vai falando da origem do Garrincha, da origem da Elza, e tudo que eles enfrentaram de dificuldade no Brasil em relação a racismo, machismo, perseguições da ditadura militar.”, disse a diretora em recente entrevista à UOL. 

Com mais de 50 anos de carreira e 34 discos gravados, Elza cantou do samba ao funk, do jazz à música eletrônica. “Eu sempre quis fazer coisa diferente, não suporto rótulo, não sou refrigerante”, dizia ela. No último carnaval, em 2020, ela foi enredo da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, onde desfilou no último carro e teve sua história contada no Sambódromo. 

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