Diversidade em publicidades cresce 6% no ano de 2021, aponta estudo

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O estudo “Diversidade na Comunicação de Marcas em Redes Sociais”, realizado pela Elife e a agência SA365, identificou um aumento da presença de pessoas negras em publicidades, passando de 38% para 44% ao comparar os dados entre 2020 e 2021. A pesquisa, que tem como objetivo mostrar a presença dos grupos minoritários nas publicidades brasileira, analisou 11.083 posts no Instagram e no Facebook, dos 20 maiores anunciantes do Brasil, segundo a Kantar Ibope.

De acordo com o estudo, a representação de pessoas negras nas publicidades aumentou no últmo ano – Foto: Brasil com S

Entre os dez setores de empresas analisadas estão restaurantes, setor automotivo, financeiro e varejo. O levantamento observou 1.817 publicações do período de janeiro a dezembro de 2021 com pessoas. Além disso, a investigação teve os grupos divididos em raça, gênero, orientação sexual, diversidade de corpos e faixa etária.

Das vinte principais marcas brasileiras, apenas 11 possuem mais ou o equivalente ao número de pretos e pardos da população brasileira. Ao se tratar dos indígenas, essa presença é de 1%, sendo a mesma porcentagem de habitantes dos povos originários no Brasil.

Ao comparar o total de empresas brasileiras que contém pessoas asiáticas nas artes para redes sociais, o resultado é maior do que a população indígena, que estão divididos em 5 categorias, limitando-se a farmácia, financeiro, restaurantes, veículos e, beleza e higiene.

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As instituições privadas com maior índice de negros nas postagens são dos seguimentos de varejo, telecomunicação, higiene e beleza. O setor financeiro, em 2020, estava presente na lista, mas com o fim do auxílio emergencial, houve uma queda na porcentagem. Apesar disso, ao realizar um recorte de gênero e faixa etária dentro da raça, há destaque para a utilização de modelos mulheres (26%) e idosos negros (50%) nas peças publicitárias. Mulheres negras são responsáveis por movimentar 16% do consumo nacional, sendo cerca de R$704 bilhões por ano no Brasil, de acordo com o Instituto Locomotiva, em 2019.

Ao focar os dados em diversidade de gênero, a comunidade negra LGBTQIA+ foi retratada em 43% das publicações de empresas do segmento de varejo. Já a pessoa gorda e preta, está em 33% das publicidades nas redes sociais de estabelecimentos do ramo da indústria cervejeira.

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