Após pedir demissão, diarista denuncia racismo de ex-patroa

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Diarista há 10 meses, Eudaísa dos Santos (48) denunciou ofensas racistas feitas por sua ex-patroa, em Goiânia (GO). Eudaísa já estaria sendo humilhada há algum tempo no emprego e resolveu pedir demissão do emprego, porém a patroa não gostou e enviou áudios racistas, afirmando que nenhum homem branco se interessaria por ela, por ser preta.

Foto: TV Record

“Ô dona preta, você me fez o favor de ir embora. Porque você é muito brega, muito preta, fofoqueira. Cê acha, minha filha, que algum homem branco vai querer uma negona feia igual você? Nunca! Você nasceu nos cafundó, mora nos cafundó sua pretona, feia, bunduda, horrorosa“, disse a senhora de 65 anos que não teve o nome divulgado.

Não satisfeita, a mulher continuou a ofender Eudaísa, por meio de mensagens de texto afirmando que a diarista é uma bandida fingindo de ser crente. Em entrevista à TV Record, Eudaísa dos Santos conta que a ex-patroa a mandava sair de perto, e dizia que fedia mais que esgoto, que quanto mais tomava banho mais fedia. A diarista conta ainda que até a filha dela, de 7 anos, foi ofendida pela mulher por usar o banheiro da casa. “Ela disse que minha filha não tinha educação, ficou perguntando se na minha casa não tinha banheiro, porque não queria que usasse o banheiro dela”, Conta.  

Em um dos episódios acontecidos anteriormente, a diarista relembra o dia que a ex-patroa não deixou se alimentar. “Ela me chamava toda hora e quando eu questionava ela dizia que era pra isso que eu era paga. Nesse dia eu falei que ia comer primeiro, ela correu até a cozinha e não me deixou comer, dizendo que era pra eu ir até o fundo da casa e ‘escaldar a boca’ para poder comer algo”, lembra Eudaísa.

Há um ano morando em Goiânia, a diarista é profissional da saúde, porém por ter um filho asmático decidiu não procurar emprego na área da saúde, por conta da pandemia e o risco que isso traria a seu filho. O caso foi registrado no 3ª DP de Goiânia, na região da Fama, mas deve ser transferido para a delegacia do bairro onde as ofensas foram feitas.

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