Dia Nacional do Reggae relembra os 40 anos da morte de Bob Marley

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Nesta terça-feira (11) se comemora o Dia Nacional do Reggae, data marcada pela morte de um dos maiores ícones do gênero, o pai do reggae, Robert Nesta Marley, mundialmente conhecido como Bob Marley, o músico jamaicano alavancou o ritmo da jamaica para todo o mundo nas décadas de 70 e 80.

Bob Marley faleceu em 1981, vítima de um câncer – Foto: Reprodução internet

Em 2012, foi sancionada a lei para homenagear o músico que faleceu, aos 36 anos no dia 11 de maio de 1981, vítima de um câncer. Bob Marley descobriu a doença em 1977, mas decidiu continuar levando sua carreira adiante, chegou a reunir cem mil pessoas em 1980, em um show no aclamado Madison Square Garden, em Nova York (NY), nos Estados Unidos (EUA). 

E 1980, o estado de saúde do músico piorou e ele descobriu que seu câncer estava se espalhando para o cérebro, realizando seu último show em setembro de 1980. Após este diagnóstico, Bob Marley decidiu voltar para a Jamaica, mas teve que parar em Miami, onde morreu. Suas últimas palavras de aconselhamento foram: “Dinheiro não compra vida” , ouvidas pelo seu filho e também músico de reggae, Ziggy.

A Comunicadora, Ativista Antiproibicionismo e também Fundadora do Instituto Solare, Kyalene Mesquita, publicou, nesta terça-feira (11), em seus stories do Instagram, uma homenagem ao Dia Nacional do Reggae ao citar o refrão da música “O que eu vejo” da banda de reggae brasileira Ponto de equilíbrio. “Hoje, no dia do reggae, eu queria lembrar um refrão muito importante, principalmente para as épocas atuais, mas que na verdade nunca deixaram de ser atuais”, conta.

“Eu vejo na televisão / A tropa invadindo o complexo do alemão / Eu leio nos jornais, novas noticias de guerras Mortais / Eu vejo muita corrupção / Enquanto irmão, mata irmão / O bonde dos amigos invadindo /O bonde dos irmãos não / Tanta guerra pra nada, nada, nada, nada, nada”

A ativista contou para o Portal Notícia Preta que, para ela, o reggae está presente desde a sua adolescência. “Canto e ouço reggae desde a minha adolescência, cresci na Vila Palmares, zona periférica do ABC paulista, e foi lá onde as letras e movimentos de resistência, de bandas nacionais e internacionais de Ska e Reggae Roots me ajudaram a construir uma visão de amor e luta ao mesmo tempo pelo coletivo”.

Ainda de acordo com Kyalene, essa música do Ponto de Equiíbrio tem o intuito de passar uma mensagem sobre as milhares de mortes entre policiais e moradores das comunidades. “Nessa letra, o Hélio Bentes (vocalista), não fala só sobre irmãos matando irmãos no quesito de ‘traficantes matando outros traficantes’ disputando por uma boca, não é só sobre isso, e sim também tem a ver com policiais para morrer em nome do Estado, que já sabem que estão indo para morrer e que não terá nenhum problema resolvido com essas mortes, e sim vão se multiplicar”, afirma.

A música também fala dos inocentes atingidos pela ‘guerra’. “Nessa letra ele também fala sobre as crianças que morrem em meio da guerra às drogas”, finaliza.

“Cuidado com o Caveirão / Tire a criança daí / Não deixe ela ver isso não / Ela não merece ver isso, não / Não chore mais irmão / Não chore mais irmã / Não chore mais papai / Não chore, não chore, não chore mais mamãe / A justiça de Jah chegará / Ela tarda pra não falhar / A justiça de Jah chegará / todo povo pobre da favela”

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