Desemprego acima dos 10% seguirá até 2025, apontam especialistas

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Unemployed young African-American man facing financial stress, feeling depressed and frustrated, holding head in despair, not able to pay off debts, his wife standing in background using mobile

Desde o ano de 2015, o Brasil está com o desemprego acima dos 10% e a previsão de especialistas é que esses valores se mantenham até 2025. Um levantamento realizado pelo Uol, e publicado nesta quinta-feira (17), traz as projeções de analistas, afirmando que esse período de 10 anos com níveis de desempregos elevados são desastrosos para a economia.

A estimativa é de mais três anos de recessão e desempregos elevados – Foto: Freepik

De acordo com os especialistas, o índice desemprego, atualmente em 11,6%, demonstra a falta de capacidade do país de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e, consequentemente, de alavancar a economia.

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Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que, entre 1992 e 2014, não houve um período tão grande de desemprego acima dos 10%, impactado diretamente pelo baixo crescimento do PIB. “Historicamente, é preciso crescer mais de 2% para o desemprego cair. Pelo menos, essa é a nossa experiência até antes da pandemia. Então, muito provavelmente, teremos que conviver com o desemprego na casa dos dois dígitos pelo menos nos próximos dois anos.”, afirma o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor de Relações Internacionais do Banco Central, em entrevista ao UOL.

Para Mauro Schneider, da MCM Consultores, não é nenhuma surpresa o desemprego acima dos 10% por tanto tempo. “O passado já não me recomenda muito otimismo. O que complica o quadro, olhando para frente, é que a gente tem um horizonte com expectativas de crescimento com taxas modestas. Em tese, faz parte desse quadro de crescimento modesto uma geração de empregos também modesta”, afirma.

“O desemprego é cruel especialmente para os mais pobres, que sofrem mais os seus efeitos, pois dependem diretamente de sua renda para sobreviver. Nas regiões metropolitanas, principalmente, gera um flagelo social, pois leva à desintegração familiar, ao despejo das residências e à própria perda da cidadania”, finaliza o economista Antonio Corrêa de Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon) e professor da PUC-SP.

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