Delegação brasileira discute intolerância religiosa e educação na Jornada Científica África-Brasil

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Crédito: Rozangela Silva

Ivanir dos Santos (à esquerda) e Mamadou Zerbo. Crédito: Rozangela Silva

A Jornada Científica África-Brasil, que aconteceu em Burkina Faso, país do continente Africano, reuniu representantes religiosos, intelectuais e ativistas de movimentos sociais africanos e brasileiros para discutirem “Religião, identidade, segurança e democracia”. A mesa de abertura do evento contou com a participação do Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos, que chefiou a delegação brasileira convidada.

“A jornada é uma resposta aos novos desafios postos diante da forte onda de racismo, intolerância e xenofobia que vem se acirrando nas relações globais. É um evento construído sob várias mãos negras africanas e afro-brasileiras, é o ponto de encontro das duas pontas do atlântico. Pontas essas que se unem contra todas as formas de discriminação, falta de equidade, respeito e tolerância”, diz Ivanir dos Santos, que palestrou sobre Intolerância Religiosa no Brasil Contemporâneo e para quem o “intuito do evento é também fortalecer projetos afro-diaspóricos que possam evidenciar as identidades negras que durante séculos foram silenciadas”.

Além das discussões em torno dos desafios frentes a intolerâncias religiosa e o racismo, a Jornada também contou com análises sobre o pensamento de Joseph Ki-Zerbo, político e historiador de Burkina Faso, e a Lei 10.639 no Brasil apresentadas por Mariana Gino, doutoranda em História Comparada pela UFRJ.

“A Lei 10.639 é a base do pensamento de Joseph Ki-Zerbo na medida em que a lei fomenta uma possibilidade de reescrita da história afro-brasileira a partir das experiências dos sujeitos negros e não sobre a ótica do colonizador”, explica a intelectual brasileira.

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