Coletivo Juntos troca nomes de ruas de racistas e militares por personalidades negras

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Na última terça-feira (11), o Coletivo Juntos realizou uma ação nas cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), em que cobriam as placas de rua que possuem o nome de racistas e militares do período ditatorial, por nomes de personalidades negras como Tereza Banguela, Jacinta Maria de Santana, Carolina Maria de Jesus, Carlos Marighella e Luiz Gama.

Avenida Vital Brasil foi substituída pela “Rua Carolina Maria de Jesus”, na Zona Oeste da capital paulista – Foto: Reprodução Coletivo Juntos

Segundo o grupo de estudantes, em postagem no perfil do Instagram, o movimento aconteceu no dia dos estudantes, “colocamos adesivos rememorando aqueles que lutaram contra as injustiças, em cima de placas de genocidas e escravocratas”, diz a publicação. As placas substituídas foram em São Paulo, na Rua Amâncio de Carvalho, zona sul, para Rua Jacinta Maria de Santana. Na zona oeste, a Avenida Doutor Arnaldo e a Avenida Vital Brasil foram alteradas para a Av. Jaqueline Goes de Jesus e a Av. Maria Carolina de Jesus, respectivamente.

Em Brasília, a ponte Costa e Silva foi mudada para a ponte Honestino Guimarães. No Rio de Janeiro, a Rua Duque de Caxias foi alterada para Rua Tereza de Benguela. As placas que indicam as ruas rua Visconde de Abaeté e Antônio Paulino Limpo de Abreu, foram mudadas para os nomes de Carlos Marighella e Raul Amaro, e outras localidades também tiveram a alteração.

No site do Notícia Preta, existe uma página específica, chamada Galeria de Racistas, que mostra os monumentos e a localização de cada um deles, espalhados no Brasil. Um trabalho feito em parceria com o professor e historiador Jorge Santana. São centenas de monumentos em homenagem a pessoas que, de alguma forma, contribuíram para a manutenção do regime escravocrata no país.

O movimento contra monumentos e nomes de lugares públicos que homenageiam pessoas racistas, escravocratas ou que possuem históricos contestáveis por suas ações e opiniões, não é novo. No Brasil, em São Paulo, Paulo Galo e outras duas pessoas foram presas por incendiar a estátua do bandeirante Borba Gato. Também em países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, existem articulações que são contra a homenagem para essas personalidades.

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