Coletivo denuncia violência policial contra negros na OEA

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O Coletivo de Entidades Negras (CEN) denunciou a crescente onda de violência contra pessoas negras e periféricas na Organização dos Estados Americanos (OEA) e no Capitólio, o Congresso Nacional Norte-Americano, em Washington (DC). Na última segunda-feira (14), a comitiva relatou às autoridades o risco à democracia durante o governo Bolsonaro e citou as chacinas do Jacarezinho e Salgueiro, no Rio de Janeiro, como exemplos de violações dos direitos humanos.

A política armamentista de Bolsonaro coloca a vida de pessoas negras em risco – Foto: Carolina Antunes/PRF

Além disso, o grupo ressaltou que o assassinato da vereadora Marielle Franco completou quatro anos na mesma data do encontro e as investigações ainda não têm nenhuma conclusão. O coletivo também citou o avanço das milícias no país. Outro ponto defendido pelos ativistas é a política armamentista do governo Federal, que está associada ao risco de ameaças a parlamentares negros e defensores dos direitos humanos.

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O coordenador-geral do CEN, Yuri Silva, disse que solicitou ao Capitólio que acompanhe de perto o processo eleitoral brasileiro para que as eleições ocorram na legalidade, principalmente em áreas de registro de violência policial elevada. “As pautas do encontro serão registradas em um relatório que será encaminhado a parlamentares americanos. Outras agências do país serão comunicadas da denúncia”, afirmou.

Na agenda, o grupo foi recebido pela conselheira principal do Comitê de Relações Internacionais do Capitólio, Zakiya Carr Johnson, e entregaram o documento “em defesa do direito à vida da população negra” e “contra o genocídio de negros”. O texto denuncia a chacina da Gamboa, na Bahia, na qual três jovens foram mortos após serem baleados em ação policial na comunidade Solar do Unhão, a capital baiana Salvador.

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