Caso Moïse: polícia ouvirá nesta terça dono de quiosque onde jovem congolês trabalhava

Moïse

Agentes da Divisão de Homicídios do Rio devem ouvir, na tarde desta terça-feira (1°), o dono do quiosque na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde o congolês Moïse Kabamgabe, de 24 anos, trabalhou como atendente.

No fim da manhã desta terça, advogados que representam o estabelecimento chegaram à DH, na Barra. Eles não quiseram falar com a imprensa.

Moïse morreu espancado. Ele foi amarrado e agredido com pedaços de madeira por cinco homens após cobrar seus pagamentos atrasados.

O grupo Anonymous revelou em sua conta do Twitter que é Luciano Martins de Souza o nome do dono do quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde ocorreu o assassinato do jovem congolês. De acordo com o perfil, Luciano seria o autor do crime, com mais quatro pessoas.

A perícia no corpo de Moïse indica que a causa da morte foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente.

O laudo do IML diz que os pulmões de Moíze tinham áreas hemorrágicas de contusão e também vestígios de broncoaspiração de sangue.

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A família do jovem foi até a sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), no centro do Rio, para uma reunião nesta segunda-feira (31). Os representantes da Comissão dos Direitos Humanos buscam acesso ao inquérito para identificar o gerente e os seguranças do quiosque onde o crime aconteceu.

Famíliares de Moïse afirmam que não sentem mais vontade de morar no Brasil a pós o assassinato do rapaz. O irmão da vítima, Samir Kabamgabe, contou ter se sentindo acolhido no país desde que chegou, em 2014, como refugiado.

Agora não tenho mais vontade de ficar em um lugar onde eu vou pensar todo dia… No momento em que eu for à praia, vou pensar: meu irmão morreu aqui“, afirmou. 

Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Álvaro Quintão, o vídeo da câmera de segurança mostra quem está envolvido no homicídio

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