Caso Fatou: estudantes que fizeram comentários racistas foram apenas afastados, diz advogada

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*Por Ana Caroline Fagundes

Na última quarta-feira (27), a direção do colégio Franco Brasileiro, na Zona Sul do Rio de Janeiro, informou que vai aguardar o fim das investigações para decidir se os alunos que teceram comentários racistas serão expulsos da instituição. Nedye Fatou Ndiaye, de 14 anos, foi alvo de racismo em um grupo de mensagens instantâneas composto por cinco colegas de classe.

Ndeye Fatou foi alvo de ofensas racistas (Foto: Reprodução / Internet)

Em entrevista ao Notícia Preta , a advogada da família da adolescente, Ana Miriam, contou que a escola alegou não poder agir, se limitando a dizer que havia encaminhado o fato para o Conselho Tutelar. Por ora, os estudantes estão apenas afastados.

“Após a repercussão e inúmeras pressões da mídia, da família, da população e de órgãos pela defesa dos direitos das crianças e adolescentes, a escola comunicou que afastaria os adolescentes envolvidos do mesmo ambiente online que os demais alunos e iria disponibilizar a aula para eles em um outro ambiente virtual”, afirmou a advogada.

A família de Fatou registrou um boletim de ocorrência, esperando uma ação socioeducativa pelos crimes de racismo e injúria racial. Por não se tratar de um fato isolado, é maior a gravidade do assunto. Judicialmente, os núcleos da Defensoria Pública – Núcleo contra a Desigualdade Racial (Nucora) e Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedidca) – estão formulando recomendações para a escola, de modo que seja possível avançar no âmbito legislativo e na confecção de protocolos e ações antirracistas.

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