Caso Atakarejo: vídeo mostra momento que as vítimas são entregues aos criminosos

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Um vídeo publicado pelo site Informe Baiano, na noite da última segunda-feira (10), mostra o momento em que Bruno Barros e Yan Barros são detidos no Atakarejo acusados de furto de carne. E possível ouvir Yan, que ao resistir chegou a levar um mata-leão, gritando “Eu vou sair, parae e “eu não quero” enquanto sete pessoas observam a cena.

De acordo com uma testemunha, os dois são entregues a traficantes do Boqueirão (Amaralina), onde ocorreu uma sessão de tortura que terminou com o duplo homicídio. Logo depois, Bruno e Yan foram colocados no porta-malas de um carro e seus corpos abandonados na Polêmica de Brotas. A Polícia Civil confirma estas informações e também afirma “que está claro que houve um contato dos seguranças com os traficantes”. Dois jovens que se encontravam com Bruno e Yan conseguiram escapar, um escapou do cerco dentro do estabelecimento, e o outro ficou no estacionamento.

Em um outro vídeo, a mãe de Bruno, Dionésia Barros, disse sabia dos erros dos filhos, mas “eles [os seguranças] não eram Deus para entregar meu filho para morte. O segurança do mercado deu meu filho para a morte, deu de bandeja para o Satanás”.

Segundo o site do Governo do estado, um segurança do Atakarejo e três traficantes do Nordeste de Amaralina foram capturados durante a Operação Retomada, deflagrada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio de outras unidades da Polícia Civil, da Secretaria de Segurança Publica (SSP), da Polícia Militar (PM) e do Departamento de Polícia Técnica (DPT). Houve também ordens de prisão, mandados de busca e apreensão cumpridos em residências e no próprio supermercado com apreensão de celulares, computadores e livros de ocorrências administrativas.

Entenda o caso

Os jovens baianos Bruno Barros da Silva e Yan Barros da Silva, tio e sobrinho, foram torturados no supermercado Atakadão Atakarejo, em Salvador, no dia 26 de abril e depois assassinados por traficantes. O crime foi reconhecido como “racismo e ódio aos pobres”, nas palavras do próprio Secretário de Segurança do estado, Ricardo Mandarino.

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