Caso Atakarejo: entidades pedem R$ 200 milhões em indenização

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Foto: Divulgação

Educafro, Centro Santo Dias de Direitos Humanos e Odara Mulheres negras ajuizaram, na última quarta-feira (12), uma ação civil pública, contra o supermercado Atakadão Atakarejo, na 35ª Vara do Trabalho de Salvador. O intuito do processo, segundo as entidades, é uma indenização de R$ 200 milhões a título de danos morais e a erradicação do racismo estrutural no ambiente de trabalho no Brasil.

No processo, as entidades alegam que o ambiente supermercadista está “contaminado pela violência racial, permitindo que funcionários recebam ordens que provocam agressões a pessoas negras por motivo fútil, constituindo-se um caso de racismo estrutural“. Além disso, a ação também exige que medidas de combate ao racismo estrutural sejam tomadas pela empresa, como a presença de negros em todas as instâncias, com a mesma proporção de negros na sociedade e um programa de treinamento em direitos humanos e igualdade.

De acordo com a ação, a violência racial e mais grave do que as condutas tipificadas como racismo. “É mais grave do que as condutas descritas como discriminação racial no ambiente de trabalho. O ordenamento jurídico, e o direito do trabalho em especial, não podem ser — e não são — indiferentes à violência racial praticada reiteradamente no ambiente de trabalho”, afirma a petição.

Reincidente

A Polícia Civil da Bahia investiga outro caso de morte relacionado a furto envolvendo duas adolescentes. Elas teriam realizado um furto no supermercado, em outubro de 2020, e acabaram sendo entregues também a traficantes locais, assim como o tio e sobrinho, Bruno e Yan Barros, e foram cruelmente agredidas

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