Carolina Maria de Jesus ganha exposição em São Paulo

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A partir do dia 25 de setembro, estará disponível a exposição Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros, na sede do Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo. Fruto de uma pesquisa de quase dois anos, a seleção reúne fotografias, manuscritos, vídeos e material documental.

Carolina Maria de Jesus foi uma das escritoras negras mais aclamadas no Brasil e no mundo – Foto: Reprodução

A exposição reúne aproximadamente 300 itens, entre fotografias, matérias de imprensa, vídeos e outros documentos. Inclui também obras de cerca de 60 artistas que dialogam com os temas investigados por Carolina. A curadoria é do antropólogo Hélio Menezes e da historiadora Raquel Barreto e a assistência de curadoria, da historiadora da arte Luciara Ribeiro. A mostra conta ainda com o trabalho de pesquisa da crítica literária e doutora em letras Fernanda Miranda. 

De acordo com a curadoria, ao longo da mostra, as pessoas também encontrarão fotografias pouco conhecidas da artista. Há imagens em que a autora aparece sorrindo, usando roupas elegantes, como sobretudos e colares de pérolas, com o cabelo à mostra, de forma altiva. “O conjunto traz, por exemplo, um registro de Carolina no aeroporto, em 1961, antes de embarcar para o lançamento de Quarto de despejo no Uruguai. Em outras fotos, ela aparece em um programa de televisão com os filhos, em 1962, ou, ainda, em 1963, utilizando um vestido que confeccionou especialmente para o Carnaval daquele ano”, afirma a curadoria. 

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O título da mostra — Um Brasil para os brasileiros — remete a dois cadernos originais de Carolina, desde 2006 sob a guarda do IMS. Em 1975, os manuscritos foram entregues pela autora à pesquisadora Clélia Pisa, que a entrevistou, juntamente com Maryvonne Lapouge, para o livro Brasileiras, publicado apenas na França. Após o falecimento de Carolina, os cadernos foram editados na França e publicados em livro, em 1982, com o título Journal de Bitita. Em 1986, a obra foi traduzida diretamente do francês e lançada em português como Diário de Bitita. 

A exposição estará em cartaz a partir do dia 25 de setembro, de terça a domingo, das 12h às 18h.

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