Bolsonaro será investigado por divulgar dados sigilosos da Polícia Federal

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou a notícia-crime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela divulgação de dados sigilosos de um inquérito da Polícia Federal. A decisão atende a um pedido feito pelo TSE na segunda-feira (9).

Nesta quinta-feira (12), Bolsonaro defendeu as postagens que fez nas redes sociais onde divulgou as informações confidenciais. Para Bolsonaro, as informações contidas na investigação interessam “a todos nós”, e apagá-las agora, como determinou o ministro Alexandre de Moraes não surtiria efeito, uma vez que “todo mundo já copiou”.

O que nós queremos é agilidade, rapidez. Com todas essas informações que estão na minha página na internet, e Vossa Excelência Alexandre de Moraes mandou retirar agora… O pessoal já copiou, todo mundo já copiou. Eu tenho cópias aqui. Segredo de Justiça? O que estavam fazendo, não deixando esse inquérito ir para frente, é um crime contra a democracia“, disse Jair Bolsonaro durante uma live.

Ministro do STF aceita notícia-crime do TSE contra Jair Bolsonaro

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O inquérito sigiloso divulgado por Bolsonaro é referente a um ataque hacker sofrido pelo TSE em 2018. O objetivo era tentar corroborar sua tese de que houve fraude nas eleições de 2018 — o que não é possível provar pelos documentos compartilhados.

Esta é mais uma investigação no âmbito do inquérito das fake news. Bolsonaro já é objeto de quatro investigações no STFl e de ao menos outras quatro no TSE.

O ministro Moraes também atendeu ao pedido do TSE para investigar o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e o delegado da PF Vitor Neves Feitosa, que era o responsável pelo inquérito que foi divulgado por Bolsonaro nas redes sociais.

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