Assessor de Bolsonaro é acusado de apologia à supremacia branca durante audiência no Senado

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Durante uma audiência no Senado ocorrida na última quarta-feira (24), Filipe Martins, assessor internacional de Jair Bolsonaro, fez com a mão um gesto associado ao “WP”, referente ao movimento “White Power”, que prega a supremacia branca. Desde 2019, a Liga Anti-difamação dos Estados Unidos, ONG de direitos civis e relações humanas, classifica o gesto como um símbolo racista embutido de discurso de ódio.

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, determinou uma investigação interna para apurar o caso. O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) exigiu que Felipe Martins fosse autuado pela Polícia Legislativa.

“Isso é inaceitável! Não aceitamos que um capacho do senhor presidente da república venha aqui no senado nos desrespeitar”, disparou o senador.

Assista:

Filipe recorreu ao Twitter para se explicar. Segundo o assessor, ele estava apenas ajeitando a lapela do terno.

“Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao ‘supremacismo branco’ porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um”, escreveu.

A Liga Anti-difamação publicou, em 2017, um artigo defendendo que o gesto de “OK” feito com as mãos foi ressignificado. A explicação é que o símbolo representa as iniciais de “White Power” (WP).

O homem acusado de promover a chacina que matou 51 pessoas na Nova Zelândia, em 2019, fez o mesmo gesto enquanto era ouvido no tribunal. Brenton Tarrant é apontado como o atirador que saiu disparando a esmo dentro de duas mesquitas, matando e ferindo muçulmanos. À época, Filipe Martins postou em suas redes sociais o poema de abertura do manifesto publicado por Tarrant.

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