Após usar álcool para cozinhar, jovem fica com 85% do corpo queimado em SP

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O gás de cozinha teve um aumento de 23,2% no último ano, segundo levantamento da CNN, com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com a alta do produto, milhares de famílias brasileiras buscam outras formas mais baratas, porém perigosas, para cozinhar.

Em São Vicente, litoral de São Paulo, Angélica Rodrigues, de 26 anos, sofreu graves queimaduras ao cozinhar com o produto altamente inflamável. A vítima teve 85% do corpo queimado e aguarda vaga para ser transferida a um hospital de referência, segundo o relato da mãe dela ao g1 neste sábado (2).

“Ela sofreu queimaduras cozinhando em álcool. Achou que a chama do potinho tinha acabado, virou o galão de álcool, o fogo veio para cima do galão e pegou no corpo dela. Ela se assustou, sacudiu o galão, e foi para o corpo dela todo”conta a mãe.

Após ser socorrida e conduzida ao hospital, Angélica recebeu os primeiros socorros, mas, devido à gravidade das queimaduras, a jovem precisa ser transferida. Segundo sua mãe, o médico que a acompanha ressaltou que ela precisa de atendimento especializado.

Botijão de gás
gás de cozinha teve um aumento de 23,2% no último ano

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Este não é o primeiro caso de pessoas que sofrem acidente ao cozinhar com álcool. No último ano, diversos acidentes como este foram destaque na mídia nacional o que mostra uma relação direta no aumento do preço do botijão com a procura por alternativas para cozinhar, das famílias com renda mais baixa.

O gás consome boa parte do orçamentos das famílias, Por exemplo, o botijão P-13 custa entre R$ 100 e R$ 130. Logo, o brasileiro que tem uma renda média de R$ 2 mil vai ter de 5% a 7,5% da renda comprometida com o botijão de gás.

Os bombeiros alertam para os riscos de acidentes domésticos ao manusear combustíveis líquidos, que podem gerar queimaduras e até explosões. 

“As pessoas colocam álcool, etanol, gasolina para cozinhar, pegar fogo no carvão ou lenha. Mas a volatilidade dos combustíveis é alta em temperatura ambiente. Forma uma nuvem inflamável de vapor no entorno da fogueira e, se tiver uma faísca, um cigarro, e essa pessoa entra nessa nuvem, provoca uma explosão”, explica o capitão e porta-voz do Corpo de Bombeiros de São Paulo, André Elias, em entrevista ao portal R7.

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