Após conquista da Libertadores Feminina pelo Corinthians, Adriana cobra punições contra racismo

Adriana.jpg

A Jogadora Adriana Silva, campeã da Libertadores Feminina pelo Corinthians, cobra punições contra o racismo durante entrevista coletiva, após conquistar o título. A atacante foi vítima de racismo no jogo entre Corinthians e Nacional do Uruguai, durante a semifinal da Libertadores. Após fazer o sexto gol da partida uma jogadora do time adversário chamou Adriana de “macaca”.

“A gente fica muito triste, porque a gente trabalha muito para isso, um campeonato tão importante como a Libertadores. Acho que fica uma reflexão para a Conmebol fazer as devidas punições para atletas, e nós fazermos o máximo dentro de campo”, comentou.

A partida continuou sem nenhuma intervenção da arbitragem. Com punho cerrado as jogadoras protestaram durante a comemoração dos dois gols, realizados após o ato racista.

A atleta continuou falando sobre o significado da conquista, não só para ela, como para todo o elenco. “Viemos para cá para ser campeãs. Na verdade, tricampeãs. Trabalhamos muito durante esses 21 dias, passando por um episódio meio desconfortável para mim. Não só para mim, mas para todas do elenco. Mostramos a nossa garra e vontade dentro de campo. É isso que nos torna diferentes”, finaliza a jogadora.

Devolução de pontos retirados de time por caso de racismo

Na última quinta-feira (18), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) devolveu ao Brusque, os três pontos retirados, depois de punições ao clube nos casos de racismo registrado contra o jogador Celsinho do Londrina.

Em entrevista ao Globo Esporte o jogador Celsinho disse que ficou decepcionado com a decisão. “A decepção é muito grande, porque em dias como esse, a gente espera mais respaldo e ajuda para combatermos esse crime. Essa decisão foi uma demonstração de que infelizmente as pessoas ainda não pensam dessa maneira. Ao invés de evoluirmos, acabamos retrocedendo“, comentou.

O jogador continuou dizendo que o STJD deu um tiro no pé “ Infelizmente, acabamos retrocedendo e o STJD deu um tiro no pé. Independente do que aconteça em julgamentos, nossa luta é outra. Irá continuar e nós não nos calaremos”, concluiu Celsinho.

O STJD manteve a punição para o Brusque da perda de um mando de campo durante o campeonato nacional e a multa de R$ 60 mil. Para o autor das ofensas racistas, Júlio Antônio Petermann foram mantidas as penas de suspensão de participação dos jogos por 360 dias e multa de R$ 30 mil.

Deixe uma resposta

scroll to top