Ahmed Faras, o maestro do único título marroquino na CAN

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Por Rubens Guilherme Santos

46 anos. Esse é o tamanho do jejum de conquistas de Marrocos na Copa Africana de Nações (CAN) que pode se completar em 2022. Para um país que sempre revela grandes jogadores, e é frequentemente apontado como favorito ao título do torneio continental, a espera pelo bicampeonato é extremamente longa. Em 1976, Ahmed Faras fez a diferença dentro de campo e foi o grande jogador da campanha do título dos Leões do Atlas. Conheça um pouco da história desse ídolo do país.

Ahmed Faras recebe o troféu de campeão da CAN de 1976 – Foto: Reprodução CAF

Faras é considerado um dos grandes atletas da história do futebol do Marrocos. Ele atuou durante toda sua carreira no SCC Mohammédia, clube do futebol local onde atuou de 1965 a 1982.

O ex-atacante detém, até hoje, o posto de maior goleador da seleção marroquina, com 44 gols marcados em 77 jogos disputados. Um de seus grandes momentos na carreira foi fazer parte do elenco da seleção marroquina na Copa do Mundo de 1970.

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Em 1975, foi eleito o “Futebolista Africano do Ano”, o primeiro de seu país a conquistar o prêmio. Mas foi em 1976 que eternizou seu nome na história dos Leões do Atlas.

Oito seleções participaram daquela edição, disputada na Etiópia: Guiné, Egito, Etiópia e Uganda integraram o Grupo A; e Nigéria, Zaire, Sudão e Marrocos no Grupo B.

Os Leões do Atlas fizeram a melhor campanha na chave B, após empatar com o Sudão por 2 a 2 e derrotar o Zaire por 1 a 0 e a Nigéria por 3 a 1. Somaram cinco pontos, um a mais que a Nigéria, segunda colocada. No Grupo A, Guiné e Egito foram as primeiras colocadas, com cinco e quatro pontos, respectivamente.

Diferentemente das CAN’s anteriores, a fase final na edição de 1976 foi disputada no formato de quadrangular. Os dois primeiros colocados de cada grupo disputaram o título. Após vencer por 2 a 1 o Egito e a seleção da Nigéria, foi o empate contra Guiné, por 1 a 1, que consagrou a conquista marroquina. Faras foi responsável por três dos cinco gols da campanha dourada de seu país. Ainda por cima, foi eleito o melhor jogador daquela edição.

Além da consagração na seleção, o craque fez história no Chebab Mohammédia, onde é tido como o grande ídolo. Por lá, conquistou o único título marroquino do clube, em 1980, além de duas Copas do Trono, em 1972 e 1975, uma Supercopa Marroquina, em 1975, e uma Copa do Magrebe, em 1973. Ele também foi artilheiro da liga marroquina nas temporadas de 1969 e 1973.

Em 1982, Ahmed Faras pendurou as chuteiras. Em 2006, ele foi eleito pela Confederação Africana de Futebol (CAF) um dos 200 melhores jogadores africanos dos últimos 50 anos. Por suas contribuições na seleção e no Chebab Mohammédia, é sempre lembrado pela torcida marroquina como um dos grandes da história do futebol local.

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