Advogada que respondeu mensagem com emoji de banana vira ré por injuria racial

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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) e Territórios, tornou ré, por injuria racial, a advogada Isabela Bueno de Sousa. O crime aconteceu em 11 de janeiro deste ano, em um grupo de WhatsApp, em que Isabela, insultou a também advogada Thayrane Evangelista.

Isabela e Thayrane são colegas de profissão – Foto: Reprodução

Em entrevista ao G1, Thayrane conta que mandou uma imagem aleatória no grupo e sua colega de profissão, Isabela, a respondeu com um emoji de banana. Segundo Isabela, o envio do emoji de banana foi uma “reserva de pensamento” e que pensou “alto”. “Banana é a fruta que mais gosto, mas ela representa pessoas sem personalidade. Acho fácil de entender”, escreveu Isabela no grupo.

O caso foi investigado pela Polícia Civil. O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios, analisou as conversas, e concluiu que R$ 6 mil será o valor mínimo de indenização no processo.

Entenda o caso

A discriminação racial aconteceu em um grupo com 256 membros, em que os integrantes debatiam sobre a Presidência da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal.

Isabela, teve o pedido de sigilo do processo negado. No documento com a decisão, os promotores explicaram porque o uso dos emojis de banana foram e são uma referência racista. “As bananas são historicamente utilizadas como ofensas raciais uma vez que utilizadas metaforicamente para relacionar pessoas negras aos primatas macacos, reforçando o estereótipo de subalternidade social desse segmento populacional, tratando-se, claramente, de uma ofensa à honra que faz referência à cor e raça da vítima”, considerou o MP.

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