60% dos trabalhadores formais fazem “bico” para complementar renda, afirma pesquisa 

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60% dos brasileiros empregados revelaram que fazem algum tipo dos chamados “bico” para complementar a renda, de acordo com pesquisa da BARE International. O levantamento ouviu mais de 1 mil brasileiros durante o fim do ano passado para entender os impactos da alta inflação no consumo e no dia a dia. Ao todo, 76% afirmaram que estão empregados, sendo que mais da metade (56%) não tiveram qualquer reajuste salarial. 

A especialista em desenvolvimento humano e organizacional Adriana Schneider avalia que muitos que trabalham formalmente optam por esse segundo trabalho para ganhar renda extra. “Tem sido um caminho para complementar para além de um trabalho CLT, seja usando uma habilidade manual, como cozinhar, artesanato ou trabalhar como motorista de aplicativo.”, explica. 

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Outro caminho apontado são as plataformas sociais uma saída para essas pessoas que buscam outra renda. “O caminho que eu vejo como possível está ligado nas redes sociais, abrindo um negócio vendendo produtos e serviços, assim como também sendo parceiro de indicações de plataformas, oferecendo serviços de agendamento para além da carteira assinada.”, afirma a especialista. 

Além do crescimento dos “bicos” entre pessoas empregadas, o número de trabalhadores que atuam apenas como freelancers também aumentou consideravelmente neste ano. Outro levantamento, feito pela Closeer, startup que conecta empresas e trabalhadores que procuram jobs, mostrou que 64% dos freelancers aderiram ao modelo em 2021, sendo que 50% deles têm os freelas como única fonte de renda. 

Nesse contexto, o desemprego também é outro fator que ganha relevância no Brasil. Recente pesquisa divulgada pela EXAME/IDEIA revela que para 25% dos brasileiros o desemprego é o maior problema do país na atualidade. Em todas as regiões do país, a percepção de que a falta de empregos é o principal problema do Brasil está na casa dos 20%, número similar ao geral. Já a falta de saúde vem logo em seguida, com 18%, seguido de inflação, com 17% das pessoas que dizem ser o principal problema de acordo com o estudo. 

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